sábado, 11 de setembro de 2010

Às vezes...


Ando sem pensar em que rumo tomei. Caminho longo à minha frente. Caminho só.

Mantenho o ritmo dos meus passos, e a cada passo dado mais largo parece, mais distante eu fico d'onde vim.

P'ra onde vou, o que procuro (olho pássaros em pleno vôo); parei p'ra pensar. Não quero. Me acomodei a não pensar, só agir.

O impulso me move. Soa natural. Não aos meus passos, que são forçados contra o chão. Mais rápido.

Por que corro, fujo, sujo tudo que toco; já parei p'ra pensar. Parei de exigir dos meus pés calçados num tênis vermelho gasto. Perdi tempo. E pra quê?

Não tenho respostas.
Não me reconheço mais.
Não me esclareço, não transpareço, não apareço.
Só me escondo... corro... vôo.

Apoio minhas mãos aos joelhos.

Retomando fôlego. E tudo começa outra vez.
Damasceno.

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