terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Eu preciso!

Preciso, às vezes, ficar comigo mesma, podendo respirar mais fundo e encontrar minha amplidão.
Preciso averiguar meus antiquados e vastos pensamentos em silêncio por algumas horas.
Preciso olhar ainda mais para mim e ouvir ainda menos os problemas e picuinhas alheios.
Preciso chorar e rir sem medida certa, sem porquês abrangentes e questionáveis.
Preciso pensar muito mais sobre as coisas da vida que referem-se e destinam-se à mim.
Preciso me libertar das amarras ilusórias, e quando necessário, afoiteza, vigor e humildade para comigo, ao seguir o caminho à mim destinado sem dissipar em minha mente meus verdadeiros ideais.
Preciso dos meus antigos amigos e dos novos que virão... E amores.
Preciso de menos julgamentos e mais conselhos e experiências.
Preciso de gente que pensa, ouça e fale e que queira quem pense e ouvir quem fale também.
Preciso de dorflex para dor nas pernas, muitas doses de vodka com soda para me entorpecer num dia tedioso qualquer.
Preciso fazer o que eu gosto e ter o que não quero fazer.
Preciso, no que for preciso, ser egoísta. Às vezes é necessário. ;)

Damasceno

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

De volta às origens


It's Winter-fall
Red skies are gleaming - oh -
Sea-gulls are flyin' over
Swans are floatin' by
Smoking chimney-tops
Am I dreaming...
Am I dreaming...?

The nights draw in
There's a silky moon up in the sky - yeah -
Children are fantasising
Grown-ups are standin' by
What a super feeling
Am I dreaming...
Am I dreaming...?
Woh-woh-woh-woh

(dreaming)
So quiet and peaceful
Tranquil and blissful
There's a kind of magic in the air
What a truly magnificent view
A breathtaking scene
With the dreams of the world
In the palm of your hand

(dreaming)
A cosy fireside chat
A little this, a little that
Sound of merry laughter skippin' by
Gentle rain beatin' on my face
What an extraordinary place!
And the dream of the child
Is the hope of the man

It's all so beautiful
Like a landscape painting in the sky - yeah -
Mountains are zoomin' higher - mm -
Little girls scream an' cry
my world is spinnin' and spinnin' and spinnin'
It's unbelievable
Sends me reeling
Am I dreaming...
Am I dreaming...?
Oooh - it's bliss.

Queen - A Winter's Tale

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pessoas que falam demais, ouvem de menos.

E falar demais está propenso a dizer besteiras. Falar desnecessariamente não pensa.


"Cuidado com as palavras pronunciadas em discussões e brigas que revelem sentimentos e pensamentos que na realidade você não sente e não pensa... pois, minutos depois, quando a raiva passar, você delas não se lembrará... Porém, aquele a quem tais palavras foram dirigidas, jamais as esquecerá..." - Charles Chaplin


Aprenda a ouvir um pouco mais e a julgar menos.
Penso que, se fosse o contrário, não teríamos dois ouvidos e uma boca.


Damasceno

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Lágrimas amargas

Olho para cima, não vejo luz.
Lágrimas despencam de suas fontes, percorrem um breve caminho em minha face e deságuam em minha boca, por onde sinto seu amargo gosto fresco.
Não se trata de lágrimas de emoção.
São de vergonha.
Fracasso.

Não tomo mais ninguém como exemplo de superação, não há casos como o meu.
Insignificante procurar saber agora.
No fundo, eu sei que minha dor é única, e essa sou eu.
Sou minha própria dor, meu problema, minha vergonha.
Sou o fracasso!

Voltei novamente para o fundo do poço, do qual eu saí e pensei não voltar.
Me afundo cada vez mais ao tentar me mexer, querer sair...
Me afogo em magoas, tristezas ali afogadas, ou quase.
Tornar uma garrafa não vai ajudar, mas não tenho mais força...
Desisti: de ver a corda ao meu lado como regresso ao topo, mas como o fim de tudo.


Me desculpa.

Damasceno

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Voltar a ser criança.



Olhei nos olhos de meu irmão, que hoje faz 6 anos, e vi uma alegria de viver tão forte que me deu vontade de chorar. E tirei a conclusão de que todos nós já fomos felizes, sim. Quando éramos crianças.

A única preocupação do meu irmão foi saber quando que o pai dele encheria a piscina.

Vê-lo se divertindo com os primos na piscina me fez querer ser criança de novo... Eu poderia ter pulado na piscininha dele, com roupa e tudo, só pela farra. Sem me preocupar se ficaria doente no dia seguinte, ou que não teria outra roupa para trocar. Criança não se preocupa com essas coisas, são irrelevantes para elas.

Pena que com o passar dos anos a gente obviamente cresce junto com as resposabilidades, que significa problemas, pressões e etcétera e tal... Bem, é assim que acabamos esquecendo de nós mesmos, portanto, de sermos felizes.

Mas você acha difícil ser feliz depois de "crescidinho"?

Acredito naquela história de que existe uma criança dentro de cada um, então... Deixe-a aparecer em alguns momentos. Não só pense em pular na piscina, pule. Não ligue para que o outros vão pensar, faça. Não pulei na piscina, hahahaha, mas joguei Need for Speed Carbon com o meu irmão, me divertir tanto quanto... Posso dizer que ontem eu fui feliz com ele.

Feliz aniversário, Lucas!
Desejo à você que o tempo demore a passar, para poder curtir ainda mais sua infância. Amo-te.

Boa semana para todos!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Alguém feliz...


- Eu tenho valor!
- Tem, é? Pois eu tenho mais!
- Tem mais?
- Sim. Eu tenho dinheiro, você provavelmente não!
- Isso não faz de você um ser humano e o valor que me refiro é a dignidade, caráter, humildade...
- Ah, é isso? E quem liga?
- Quem liga?! Você não?
- Hoje em dia ninguém mais se importa com essas coisas. Se tem dinheiro, pode-se tudo.
- Como pode dizer uma coisa dessa?!
- Você não entende isso porque não tem dinheiro suficiente. Não tem poder, não é feliz.
- Não sou feliz? Então, me responda uma coisa: Você é realmente feliz?
- Feliz? É claro que sou! Eu já te disse, eu tenho muita grana, muito poder, eu posso ter muita coisa.
- Pode-se realmente ter todo o dinheiro do mundo, meu caro, e ser um tremendo miserável em espírito. Um verdadeiro infeliz...
- Infeliz...!?
- Sim. Você compra tudo o que deseja, carros, apartamentos, ternos como este que usa porque tem dinheiro, mas você tem amor próprio e ao próximo?
- Não me venha com essa história...
- Eu tenho valor mesmo sem nenhum tostão no bolso. Você, apesar de um milionário, é um pobre solitário...
- Você não me conhece tão bem, não deveria falar assim comigo!
- Diga-me, então, quando foi a última vez que conversou com um amigo de verdade?
- Eu... Err... Hã... Tenho sócios, funcionários, subordinados... Mas... Nenhum amigo.
- Isso não me espanta... Já se apaixonou, amou alguém?
- Errr... acho que não. Não...
- Pois bem... Está vendo esse belo jardim?
- Sim...
- Não precisou de dinheiro nenhum para ele ser feito. E ainda sim, é um belo jardim, não acha?
- Sim... Mas o jardineiro precisa ser pago para cuidá-lo.
- Eu te garanto, o jardineiro que cuida não faz questão alguma de ser pago por esse "trabalho"...
- Olha, não estou entendendo aonde você quer chegar com essa conversa, e se não está me pedindo grana, então, eu não tenho mais o que fazer aqui.
- Tem certeza?
- É claro!
- Não vou te segurar, mas deixe-me terminar... Eu cuido desse jardim há muito tempo. Nunca recebi dinheiro por isso e nunca pedi e mesmo assim sou sempre retribuído, veja como ele é um lindo jardim! Estar aqui e admirar essa paisagem, para mim, é um enorme privilégio. Cultivar o bem, traz o bem. Fiz e cuido do jardim para atrair as mais belas borboletas. Você, talvez, nem faz ideia do quanto me sinto honrado quando várias delas pairam sobre minhas flores. Como consequência, as pessoas páram só para observar o meu feito e compartilham do mesmo júbilo. Ao mesmo tempo, contribuo para a beleza da cidade e para o bem-estar das pessoas, sem pedir nada em troca. Porque o simples fato das pessoas olharem, elogiarem e usufruírem desse lugar, me faz a pessoa mais feliz... O que quero dizer, meu caro, é que as coisas mais importantes dessa vida são as mais simples; as quais você deve achar também que ninguém mais liga porque não se compra. É um erro pensar assim. Te garanto, meu caro, dinheiro nenhum paga a sensação de paz, tranquilidade, carinho e amor mútuo e a verdadeira felicidade. E você não precisa dele para mostrar que é um ser humano incrível. Basta você querer. Eu, por exemplo, não preciso de uma cama da melhor qualidade para ter um sono tranquilo. Na verdade, se a minha consciência está tranquila, nada me tirará o sono. Sua consciência é tranquila?
- Considerando quem sou no meu ramo e com isso, as responsabilidades multiplicadas... Bem, você já entendeu... Não é. Nunca foi tranquila. Fiz muita coisa errada nessa vida e me iludia comprando qualquer coisa para essa maldita sensação de "peso" da culpa passar, mas não adiantava. No dia seguinte, tudo surgia a tona em minha mente outra vez. Eu sou um tremendo idiota... É o que você deve estar achando, não tiro sua razão.
- Você tem que colocar na sua cabeça que é um ser humano. A mesma capacidade que você tem de errar, você tem de aprender, acertar e aceitar. Não sugiro que esqueça do que fez, ou que finja que nada aconteceu, e sim, ameniza sua dor que só a culpa traz. Ou seja, se arrependa. Peça perdão; essa é a forma mais eficaz de acabar com qualquer inimigo.
- Nem sei como ou porquê eu disse tudo isso à você, mas... Não sei, me sinto melhor por ter conversado contigo. Obrigado.... Quem é...!?
- Conversou comigo porque quis, meu caro. Ou necessitava conversar com alguém que não o conhecesse a fundo, não podendo te julgar, e que, apesar da pobreza, demonstrou o desinteresse em seus pertences, bens materiais que talvez, em seu pensamento, outra pessoa fizesse o contrário. Mas não há o que agradecer, se te ajudei, foi porque você precisava. Bem, eu vou indo... Preciso cuidar dos meus outros jardins...
- Hei, espera! Quem é você?
- Uma pessoa feliz, meu caro... Uma pessoa feliz.

(texto e desenho (mal feito Haha) por Damasceno)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Aprendendo a viver


"Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura."

Clarice Lispector.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vazio


Foi por isso que eu sumi alguns dias, na verdade, não estava muito bem para simplesmente escrever, discorrer, não estava bem para fazer nada. Também não queria ser hipócrita, fingir que estava tudo bem enquanto meu mundo desabava e ainda desaba sobre minha cabeça. Não estou nada bem, sinto esse maldito vazio profundo em meu peito há dias, misturado com tédio e chateações corriqueiras. Um mesclado nada desejável nem muito fácil de tragar.

Estou sozinha em casa. Talvez seja um dos meus problemas. Há tempos não vejo ou converso com meus amigos pessoalmente. Essa merda de Internet ilude as pessoas, mas para mim os scraps respondidos na bosta do orkut nunca foram suficientes para matar saudades deles. Sinto que preciso de algum contato físico, seja um simples e breve aperto de mão ou um abraço caloroso e interminável.

Ao mesmo tempo que preciso de companhia, desejo a solidão... Me tranco em meu quarto, me isolo do mundo lá fora e mergulho em meus pensamentos. Gosto de sensação, de ficar sozinha e não preciso de nenhum tipo de substância alucinógena para viajar nas minhas ideias, faço isso naturalmente... Porém, já me deram um alerta:
"O problema de conseguir o que quer é que, depois de algum tempo, o que desejou com tanto anseio acaba não te dando mais prazer. Não é mais suficiente para suprir sua indigência e alimentá-los (seus desejos frívolos) é perigoso."
Isso tudo está bem confuso, eu sei, até para mim, acredite. Como eu disse no começo, não estou nada bem e não é mentira. Talvez nem fosse o momento de colocar para fora o que me incomoda, os acontecimentos ainda estão recentes, está tudo fresco e minha cabeça ainda dói. Minhas ideias estão perdidas no labirinto do meu córtex cerebral. Acho que vai demorar um pouco mais para eu criar coragem e resgatá-las...

"I am tired, I am weary.
I could sleep for a thousand years...
A thousand dreams that would awake me.
Different colors made of tears"
(Venus in Furs, The Velvet Underground & Nico)

Por enquanto, é tudo o que eu posso dizer.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Preconceito: um câncer social.


A crítica acusa a existência, o preconceito a anula.

Em terra de cegos, quem tem olho não é rei. É um estranho no ninho, um mero objeto de escárnio e rejeição.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Vá minha tristeza...

E, por favor, não volte tão cedo! Haha.

Não, eu não nego minhas dores, pelo contrário, estou aprendendo a lidar com elas, mas hoje eu estou tão bem, só não quero (ainda) ter motivos para entristecer.

E quero fazer à vocês, leitores, uma simples indagação se parecendo até com uma piada, mas não é (assim espero, haha). Acabei de chegar da padaria e um senhor, conhecido meu, Seu Augusto, dono dos cabelos brancos mais legais que eu já vi, me fez essa mesma pergunta, maaas ele me deixou sem resposta! ><' Contudo, adoro conversar com ele, gosto de saber a sua visão sobre a vida, podendo assim me ensinar a encarar os problemas de uma forma mais branda. Enfim, não quero buscar as suas respostas dessa pergunta, senhoras e senhores, e sim, que questionem a si mesmos, certo? E... Voilà!

Por que choramos ao nascer e, outros choram por nós, ao falecer?

Possivelmente, Sr. Augusto estivesse mesmo só contando uma piada e eu a levei a sério demais. Só não posso negar que, no caminho de volta, cheguei a uma resposta. Quem sairia do útero materno para viver nesse mundo louco? Se tivéssemos consciência, mesmo bebês, do estado em que se encontra o mundo, choraríamos desesperados para voltar ao nosso "paraíso particular". Entretanto, não parei pra pensar, mas as tristezas, assim como as alegrias, são privilégios dos vivos e só os vivos podem vivê-los.
A vida é um grande espetáculo, e somos o artista e a platéia. Fazemos e presenciamos um imperdível show, todos os dias. Então, será que valeria a pena perder tudo isso? Aos poucos, aprendemos a enxergar o mundo com outros olhos. Independente das lentes e ângulos de visão, sendo caóticos ou privilegiados. No entanto, podemos mudá-la quando necessário. Improvisação, criatividade e vontade. Não se esqueça que faz parte do espetáculo da existência, e para torná-lo o melhor já visto só dependerá de você. Mostre-se um grande artista.

Talvez, minha visão sobre a vida ainda seja muito fantasiosamente poética que realista, mesmo para alguém que já cogitou em pôr um fim em tudo. Minhas retinas não estão fadigadas, ainda não se vê em meu rosto marcas de castigos pelo tempo e minhas costas ainda não se curvaram perante o cansaço por insistir em carregar o mundo nelas, mas creio que não precisa chegar a este ponto para saber que, apesar de tudo, a vida é bela.

Boa quarta!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Já parou para pensar em seus próprios pensamentos?


E no simples ato de pensar, já?

A capacidade de construir pensamentos não os encanta nem perturba, senhoras e senhores?

Não é um gênio, mesmo reprovado por possuir um QI abaixo do padrão, só por ter tal capacidade?

Seguir em seus próprios labirintos do córtex cerebral, resgatar entre milhões e milhões de opções uma única idéia e voltar ileso, sem ter se perdido em nenhum momento, não os deixa pasmos? Não os deixa deslumbrados por serem capazes dessa façanha?

Que tal pensar nisso?

domingo, 4 de outubro de 2009

Sonho bizarro

Olá.

Acabei de sonhar com um filme do Sherlock Holmes e estou tentando entender o porquê. Bem, não foi exatamente com o filme, mesmo porque ele ainda nem estreiou. Mas a forma de como o sonho surgiu se pareceu com um.

Não houve nada que me fizesse lembrar do (mal)dito cujo. Porém, na noite anterior, havia lido um blog com contos melodramáticos de fatos reais (que só a própria vida e a indústria hollywoodiana sabem fazer =p) e estava realmente fragilizada, comovida. Meus olhos ameaçavam a soltar as lágrimas periodicamente, ao pensar nas estórias.
E agora me pergunto: Por quê Sherlock Holmes? "Elementar, meu caro, Watson!"

Como de praxe, tudo acontece de repente... Então, de repente, sem (mais) um motivo aparente, euzinha aqui estava diante (porque não era assistindo ao filme no cinema, ou pela tv. Tudo acontecia ao alcance dos meus olhos) de uma cena cômica.
Johnny Depp estava usando uma peruca loira curta e olhava para uma mulher obesa, era uma policial, que o questionava fervorosamente (sobre o quê, eu ainda não sabia). Passei por eles sem ser percebida. Atrás deles, como cenário, haviam escadas rolantes. (?)

Johnny Depp, o que você fazia em meu sonho conversando com uma obesa, usando uma curta peruca loira no mêtro (foi o que me pareceu) ? O.O'

Nada além do clicher "de repente", não mais que de repente, eu estava noutro lugar onde a presença de Sherlock Holmes chamava a atenção de todos, inclusive, é claro, a minha. Mas ele era estranho, me pareceu alterado, a base de muuuuita droga. Muita mesmo!
Mal vestido, suado e com cara de quem passou três dias/noites direto acordado numa rave.

Mas, que para o alívio geral da nação (departamento de polícia britânica, me refiro), Holmes, brilhantemente, desvendou o mistério de um caso de assassinato (que nunca saberemos. Caso eu sonhe que possa me teletransportar para o início exato do crime em questão... Nada feito).

Sherlock Holmes nada mais é quem...
Sério, não podia ser outra pessoa a não ser
Robert Downey Jr.
[modo menininha messias on]
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH EU ADOROOO O R.D JR!
[modo menininha messias off]

E outra vez o maldito de repente aconteceu. Após saber do caso solucionado, Holmes e todos presentes no local, dormiram. (???) Por quê não? HAHAHAHAHAHA
Acordei quase afogada numa poça de sangue. Levantei num pulo/susto incrível e todos acordaram também. O único calmo (talvez pelo cansaço) naquela estranha situação, e já acordado há tempos (ou nem havia dormido de fato), apesar da aparência deprimente, era Holmes (mais um crime a solucionar, vida difícil, heim!?).
Ele, parado olhando pra mim, dizia algo sobre o maldito silêncio e que só era quebrado pelos batimentos cardíacos. Só olhei para baixo por alguns instantes, então, eu vi um corpo com um enorme buraco no peito ao meu lado. Talvez, o assassino gostasse tanto de silêncio que se incomodou com o bater do coração da vítima (tenho certeza que acontecem com vocês, não consigo de jeito algum ver claramente rostos em sonhos, então, poupem-se em perguntar).

Que assassino cruel! Por pouco eu também não danço. G_G

Nesse instante, alguém chama desesperadamente por Holmes, (Dr. Watson? Talvez) para que o acompanhasse até a outra extremidade e/ou mostrar alguma pista, ou outro cadáver... Suposições.
Voltei a atenção para mim. Me vi no meio da sala da minha casa, e o início de um comercial passando na tv.

Caramba! Que merda! Tô num maldito filme ou aconteceu de verdade? Alucinações? Drogas?
Me perguntei até chegar a conclusão que precisava parar de fumar. Então, desliguei a my fucking telly, com a certeza de que, na verdade, não saberia disso tão cedo. Aí, fui em direção a cozinha, quando vejo o elenco do mesmo filme que passava na tv (ou não, eis a questão), atuando. Parei pra ver como se fosse a coisa mais normal e rotineira. Uma mulher muito bonita reclamava da demora de Holmes em aparecer, ela parecia bem nervosa e Holmes bem atrasado, então, a tal moça resolveu o telefonar.

Gente, sério, não tive culpa alguma por ter sonhado com... isso, e fãs de Holmes que me perdoem, mas a cena retratada a seguir irá chocar vocês. Hahahahaha. /nãopudeevitar

Como num filme, após a moça bonita se questionar a demora de Holmes e o telefonar, a cena, imediatamente, surgiu ao som de uma música muito dançante. A imagem parecia estar num close total, que aos poucos, crescia. Ouvia-se também um barulhinho bem irritante em meio a música alta, era o telefone. De algum modo, pensei que fosse. Sherlock Holmes estava diante da estante, sentando, se olhando num espelho em seu quarto se... Preparando para o encontro, por assim dizer, nada romântico. Sabemos que Holmes era dono de uma personalidade forte, arrogante, nada sentimental, e diante dos fatos (no sonho, vale a pena lembrar) delatados, nada haveria de contestar.
Sr. Sherlock Holmes estava, na verdade, se travestindo. A medida que a imagem crescia, podia ver claramente Holmes de baton com gliter de cor rosa. Cabelo penteado, recém repicado. HAHAHAHA Desculpa a piada infame, mas era hilariante. Via-se Holmes muito alegre na companhia de três "amigas" também travestis.

Sherlock Holmes, o maior detetive inglês da história, gay.

Eu nunca li uma história sequer escrita pelo criador de SHERLOCK HOLMES, Conan Doyle, mas gostava muito das poucas que ouvia. Não havia então indícios para duvidar de sua masculinidade, mas, talvez agora tenha - a sua cara de acabado em meu sonho diz mais do que a (cons)ciência pode explicar. HAHA'

Repito: Não tenho nada contra o detetive, e muito menos se ele, no caso, fosse gay. Quero deixar bem claro que nada tenho eu a ver, muito menos culpa, de sonhar, tá? Ainda não sei do porquê do sonho nem mesmo explicar, entretanto, sonhos são proféticos, ou (provavelmente) não passam de pura alucinação, válvula de escape da mente, de uma cabeça vazia que, devo dizer, atualmente é o estado da minha.

Essa porra me custou duas folhas (4 pág) do caderno e agora 3 horas a menos de sono. Talvez, eu disse talvez, eu não faça isso novamente... Mas, neste caso, de tão hilário, julguei merecedor, o relato.

Bom domingo, bons sonhos.

(por Damasceno)

sábado, 3 de outubro de 2009

Temperamento impulsivo


“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma ideia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.


Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”

Clarice Lispector

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Estranho...


Cada um tem sua teoria, seus dilemas, uma vida... Suas vontades, decisões, atitudes que não valem nada. Somos seres humanos, somos seres adaptáveis. Somos sonhadores e hipócritas, egoístas e corruptos. Voluntários a espera de recompensas. Falhos. Somos, na verdade, a escória, o verdadeiro mau do planeta. Sanguessugas, parasitas, vermes nocivos... "Superiores" (de merda).


Não é lá muito legal você, ao invés de ouvir pela manhã o famoso "bom dia", levar uma porrada dessa na orelha. Mas não contesto, eu concordo, admito. Oras, somos assim, e não adianta negar, negando você se ilude ainda mais... Temos lado bom, sim, há raras exceções, mas no final das contas... valemos menos que um porco e somos capazes de qualquer coisa para (sobre)viver melhor que outrem.

Porém, o que acontece comigo é o problema de ter que lidar com pessoas que pensam ser donas do mundo. Há vários conceitos de "mundo", e uso bastante, no meu caso é quando me refiro ao refúgio dos meus pensamentos, lamurias e alegrias contidas. Lá, não imponho nada a ninguém, entende? Mas não é o que acontece no "mundo lá fora".
Se eu quiser opinião alheira, eu mesma procuro de quem quero ouví-la... E tenho a consciência que esse meu texto está/é uma bosta, porque nada que eu disser vai fazer alguma diferença no comportamento das pessoas. Porém, me acho também de ter, ao menos, o direito de deixar minha reclamação a vista de todos.

A citação foi dita por um bêbado lúcido (se é que posso escrever desta forma) em Sto. Amaro. Não foram essas exatas palavras, se é que me entendem. Contudo, foram as que me deixaram estranha a tarde toda. Pensei: "Como ninguém ouve esse cara? Por mais bêbado que estivesse, ele não está mentido, correto?" Talvez, se eu tomasse dessa mesma dose de coragem, provavelmente estaria ao lado dele, o apoiando. Não foi o que fiz, mas eu o ouvi, refleti e creio que se algum dia, tivermos de ouvir essas mesmas 'verdades', talvez, ele fosse a pessoa mais apropriada. E de preferência, sóbrio.

Olha, impedir de que falem o que pensam, eu não posso. Só não reclamem depois quando ouvirem o que não querem. Aprendi que certas coisas não tem a necessidade de serem ditas... Porém, se houver, faça da melhor maneira. Nunca é tarde para aprender.

Bom começo de mês...

sábado, 19 de setembro de 2009

Ainda me resta...




Esse mundo não existe mais.
O meu, no qual eu me escondia. Vivia.
Alguém entrou, o envenenou. Quem? O "invasor".

Mandá-lo embora não adianta mais. Agora é sua posse.
Guerra? Meu mundo já foi destruído, não há para o que lutar.
Não há ninguém comigo, sempre fui só.
Eu, no meu mundo perdido. Porque no final estaremos sozinhos.
Tudo se esgota sem nos darmos conta. Minha força já está no fim.

Olhar para o horizonte, ainda faço. Vou encontrar meu novo mundo.
Chame de "força de vontade", de "esperança", como queira.
Mas recomeçar, é o que ainda me resta...


(fim)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sexta-feira.

Se tornou o pior dia da minha vida.

Não vem ao caso, o problema. Fique ciente que agora não suporto todas elas.
Se o que me incomoda hoje acabar algum dia, quem sabe eu volte a gostar das sextas.

Obs: Mais um daqueles desabafos sem sentido... Pra você, é claro.
Não é por isso que estou melancólica, já acordei meio "down", e só quero fechar as postagens de hoje com chave de ouro.
Nada melhor que Radiohead para me acalmar...

Dilema? Que dilema?



Os meus.

Estou em dois dilemas, o primeiro é besta, confesso, que é: Não sei que modelo usar para este blog.
Não quero nada mórbido, ou alegre demais. Nem muito escuro e nem claro.

Mas este, no momento, consigo visualizar um escritório cheio de mobílias antigas. Uma mesa e uma cadeira de madeira escura que estão posicionadas na minha frente. Há uma enorme janela atrás, sem cortina, onde posso ver um belo jardim. Está de noite, o céu limpo e a lua está tão brilhante a ponto de não ser necessário uma lamparina para iluminar o cômodo. Me vejo aproxima da mesa e lá está uma folha em branco, percebo que tem uma textura velha, amarelada, só na espera para ser escrita. Sem cerimônias.

Isso me traz uma sensação boa, de que estou no meu lar, no meu canto e quando me der na telha, escrevo na folha. Bem, se eu continuar a olhar desta forma para este modelo, talvez o meu dilema número um tenha sido resolvido...

Mas nem tudo se resolve tão fácil assim. "Nada é fácil", é o que dizem.
É agora que entra a segunda questão, dilema...

Que caminho seguir?

Não quero ser "metralha", sair atirando para todos os lados na esperança de acertar um alvo, eu quero foco. Saber se o que quero vai me trazer bons frutos, ou ao menos não arrependimentos. Tenho medo sim do que pode vir a seguir, o que não me impede de fazer. Arriscar.
Já me disseram que sou nova demais para me preocupar com essas coisas. Outros, que se eu não fizer alguma coisa agora, pode ser tarde demais.
Tudo é demais, e demais atrapalha... Como conselhos não pedidos.

Bom, tenho mais alguns dias para pensar em alguma coisa, mas o primeiro passo já foi dado.
Acredito que isso tem muito mais importância.

Update: O cenário mudou, voltou a ser o que era. (atualizações desnecessárias)

E agora?

Pois é... E agora?

Acho que agora eu posso então resgatar a minha já perdida, há tempos, liberdade de expressão. E agora o sujeito sou eu, tampouco importa a análise sintática da frase. A vírgula que provavelmente esquecerei ou, quando, a, usarei, compulsivamente.
A repetição das mesmas frases, dos mesmos assuntos, dos mesmos erros e dos mesmos fatos, reclamações e lamentações. Nada disso realmente importa.
Só quero ser eu, poder ser do meu jeito.

E que importância isso tem?

Ah, eu quero pelo menos desabafar!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Meu futuro promissor.



Eu sei que não tenho lá um vocabulário impecável, mesmo considerando o fato de ter lido bastante este ano. (Hahaha o que eu quis dizer com isso?) Principalmente livros com escrita complicada, composta por palavras que te fazem consultar o "pai dos burros", o dicionário, várias e várias vezes. Sei lá o que acontece comigo... Ou sei. Não importa! Quero somente escrever um texto decente que possa ser lido, mesmo não sendo aquele tipo de texto que dá gosto de ler. Por eu já desconfiar que, só por este começo, não será tão saboroso assim nem pra mim... Tá, vamos ao texto, certo?

Ontem eu recebi um telefonema. Era de meu pai... Vou explicar a nossa relação de "pai e filha" antes. Na verdade, nem sei se isso vai ajudar a não deixar o texto confuso, mas eu sinto que preciso.

Bem, desde pequena eu não via com frequência os meus pais. Eles são divorciados. Minha mãe trabalhava o dia todo, mas depois que ela começou a fazer faculdade, nem de noite eu a via. E a cada 15 dias eu saía com meu pai. Porém, eu não ligava, nunca cobrei presença dos dois, mesmo porque, naquela época, eu não tinha a mínima noção daquilo, do que era certo e errado no que faziam e muito menos que a consequência disso cairia sobre mim.
Não, ao contrário de alguns amigos meus, eu não fui uma criança prodígio. Só tirava notas altas nas matérias escolares (essa fase acabou após eu entrar no fundamental), mas era uma verdadeira tonta nas questões sociais. Talvez, se eu tivesse sido criada pelos meus pais, eu seria outra pessoa... Talvez.

Meu pai é o ser humano mais pacato que conheço, ao contrário de minha mãe que gritava (e ainda grita) comigo (mas hoje em dia eu revido, às vezes). Meu pai nunca elevou o tom de voz. Ela me dava beliscões, chinelada e puxões de orelha. Ele nunca ergueu a mão contra mim... Ele dizia que queria respeito de mim, não medo. Talvez, creio eu, ele soubesse que, apesar da distância e do não convívio, ele era importante para mim.

Então, ontem eu fui bombardeada por perguntas que, se fossem feitas por outra pessoa e num tom diferente eu teria soltado os cachorros pra cima da fdp, com toda certeza, mas não. Eu fiquei triste por terem vindo da fala calma... A do meu pai.
Ultimamente eu venho me admitindo muita coisa, como ser uma pessoa sem futuro. Sem expectativa. "Um bicho sem sonhos". Sabendo disso, meu pai reclamou os por quês: "Por que você não está estudando, fazendo faculdade? Por que você não procura o que gosta de fazer e corre atrás disso pra ser alguém bem sucedido na vida? Por quê, minha filha?".

"Não me ligou no meu aniversário e nem em dia algum, sumiu do mapa e quando aparece me questiona?"... Se eu fosse outra pessoa, certamente o responderia dessa forma. Mas, realmente, não era uma bronca que ele me dava ao telefone, foi mais um daqueles "acorda pra cuspir!". E ele levantou uma questão que já invadia a minha mente há algum tempo. "Se você, minha filha, não crescer (profissionalmente), e eu não estiver mais aqui em vida, com quem você vai contar?". Eu tenho consciência disso, mas ele me dizendo foi ainda mais assombroso. Ele me deixou sem fala, não aguentei e chorei feito uma criança que acabara de estourar o joelho.

Meu pai tinha razão e eu não pude me defender porque nem eu mesma cogitei em fazê-lo. E além de seus questionamentos, ouvi também confissões, lamentações por não ter sido um pai mais presente. Eu disse que não fui criada por eles, ele me deu razão. Foi um erro que cometeram, mas não os culpo, pois agora eu poderia fazer tudo diferente. Estar estudando na faculdade. Trabalhando. Sendo o orgulho dos pais. Do meu pai.
Mas eu não sou, porque nada fiz para ser. E ao falar com ele, me doeu o peito por perceber que sou uma péssima filha. Eu errei também.

Sei que nada vai mudar só por eu ter arrumado algum emprego. Minha mãe vai continuar a cometer erros (talvez os mesmos erros, o que é pior) com o caçula. Meu pai vai continuar a morar longe e ligar de vez em quando. E minha irmã e eu, ou continuaremos na mesma, ou a situação vai piorar drasticamente. Eu me pergunto, qual é a vantagem? Dar uma lição de moral em toda minha família não a fará mudar. Sei do que estou falando. Nada vai mudar.

No entanto, sinceramente, não quero que os questionamentos dele sejam em vão.
Por ele, eu farei alguma coisa por mim.